Reflexões sobre o paradigma acadêmico no estudo do pentecostalismo

Autores

  • Ismael Vasconcelos Faculdade Luciano Feijão

Palavras-chave:

Pentecostalismo, Práticas religiosas., Experiência religiosa.

Resumo

Este artigo aborda o pentecostalismo contemporâneo e sua relevância social e histórica a partir de uma crítica às abordagens acadêmicas tradicionais que simplificam o pentecostalismo, propondo uma nova perspectiva de abordagem teórica e metodológica que valorize as experiências individuais e a diversidade religiosa enquanto problemática a ser investigada. Analisa também como os rituais e práticas religiosas contribuem para a formação das identidades dos fiéis. Para isso, utiliza uma pesquisa de campo realizada em Juiz de Fora-MG que observou como os pentecostais vivenciam e interpretam sua fé, revelando a profundidade e a diversidade das experiências religiosas. O texto conclui que é necessário um paradigma acadêmico mais inclusivo e abrangente para entender plenamente o fenômeno pentecostal, que vai além das explicações simplistas e reconhece a complexidade e riqueza das práticas e crenças pentecostais.

Referências

ALVES, Rubem Azevedo. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1981.

_______. Protestantismo e repressão. São Paulo: Ática, 1979.

BERGER, Peter Ludwig. Rumor de anjos: A sociedade moderna e a redescoberta do sobrenatural. Petrópolis: Vozes, 1996.

BITTENCOURT FILHO, José. Matriz religiosa brasileira: Religiosidade e mudança social. Petrópolis: Vozes; Rio de Janeiro: Koinonia, 2003.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: A essência das religiões. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

FERREIRA, Ismael de Vasconcelos. Neopentecostalização do pentecostalismo clássico: Mudanças na concepção escatológica das Assembleias de Deus. Dissertação (Mestrado em Ciência da Religião) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2014.

FERREIRA, Ismael de Vasconcelos. Ser crente: Experiência e linguagem religiosa da vida pentecostal. Tese (Doutorado em Ciência da Religião) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2017.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: Uma arqueologia das ciências humanas. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o convertido: A religião em movimento. Petrópolis: Vozes, 2008.

MANSILLA, Miguel Ángel. Sociología y pentecostalismo: Intereses, énfasis y limitaciones de las investigaciones del pentecostalismo chileno (1990-2011). Civitas, v. 12, n. 3, set.-dez., 2012, p. 538-555.

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: Sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2010.

MENDONÇA, Antonio Gouvêa. A experiência religiosa e a institucionalização da religião. Estudos Avançados. v. 18, n. 52, p. 29-46, 2004.

MORAES, Gerson Leite de. Neopentecostalismo – um conceito-obstáculo na compreensão do subcampo religioso pentecostal brasileiro. Rever. São Paulo, p. 1-19, junho 2010.

ORO, Ari Pedro. Algumas interpelações do Pentecostalismo no Brasil. Horizonte. Belo Horizonte, v. 9, n. 22, p. 383-395, jul./set., 2011.

OTTO, Rudolf. O sagrado: Os aspectos irracionais na noção do divino e sua relação com o racional. São Leopoldo: Sinodal/EST; Petrópolis: Vozes, 2007.

SIEPIERSKI, Paulo D. Pós-pentecostalismo e política no Brasil. Estudos Teológicos. São Leopoldo, n. 1, v. 37, p. 47-61, 1997.

SMART, Ninian. The religious experience of mankind. New York: Fount Paperbacks, 1981.

TILLICH, Paul. Dinâmica da fé. São Leopoldo: Sinodal, 1974.

_______. Filosofía de la religión. Buenos Aires: Megápolis, 1973.

_______. Teologia sistemática. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal, 1987.

TWORUSCHKA, Udo. Considerações sobre a ciência prática da religião. In: STERN, Fábio L.; COSTA, Matheus Oliva da (Orgs.). Ciência da Religião Aplicada: ensaios pela autonomia e aplicação profissional. Porto Alegre: Editora Fi, 2018.

Downloads

Publicado

2024-12-31

Edição

Seção

Artigos/Articles: Dossiê/Dossier