O círculo de leitura e escrita como espaço humanizador no ensino religioso escolar
Palavras-chave:
Religião, Círculo, Leitura, Escrita, Literatura, Humanização, Complexidade, Competências, BNCCResumo
Este projeto foi definido a partir de um insight, oriundo da aula Educação para ser, de Tiago Mattos, no curso de especialização em A Moderna Educação: Metodologias, Tendências e Foco no Aluno (PUCRS, 2020). Ele fundamenta-se na ideia de que uma educação eficaz para o século XXI deve contribuir para que as pessoas, dentre outras coisas, façam amigos e lidem melhor com situações limites da vida: fracasso, perda, morte e outras. O pressuposto central é que por meio do contato com as diferentes literaturas, religiosas ou com menção à religiosidade, pode-se enriquecer a vida interior sem que para isso seja necessária a instância pessoal (no sentido de meramente individual) ou factual. Ou seja, estima-se a virtualidade como plataforma na formação de sujeitos íntegros e melhor preparados psicologicamente. Mais capazes, justamente, porque, participantes de um patrimônio cultural e religioso universal, dispõem de repertório suficiente para interpretar suas vivências. Como proposta intersubjetiva, considera-se a importância das relações dialógicas para a construção de aprendizagens significativas. A opção por “círculo de leitura” remete a uma dinâmica horizontalizada, de hierarquia frágil, onde há troca de experiências e instrução entre pares. Espera-se que assim o espaço literário desperte todas as consequências pedagógicas presentes nas relações que são potencialmente empáticas. Portanto, admitindo que cabe à educação desenvolver estudantes na dimensão integral, considera-se que a leitura e escrita literárias, devidamente orientadas, tem meios eficazes para funcionar como espaço de humanização.
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