Rumores na e da floresta
Palavras-chave:
Povos indígenas., Tupinikim., Lutas territoriais., Memórias., Educação.Resumo
Este artigo pretende demonstrar, por meio do caso emblemático do povo Tupinikim, no estado do Espírito Santo- Brasil, o conjunto de ações e argumentos, entre o político e o jurídico, acessados para articular resistências e violências aos direitos originários dos povos indígenas no Brasil, ao final do século XX e início do século XXI. Sublinhamos que há nesses acontecimentos uma demanda de caráter social e de direito, e neste artigo elencamos algumas razões que justificam porque essas realidades carecem de novas configurações, tanto pela história quanto pelos profissionais e gestores das políticas públicas, como narrativas que podem informar e embasar decisões a serem tomadas pelos formuladores de políticas públicas e pelos defensores de justiça. Essas experiências e as observações sobre as práticas de educação nas aldeias nos levam a afirmar que as lutas territoriais se constituem com alta densidade pedagógica para uma educação indígena própria. Para realizar a reflexão e análise lançamos mão de fontes orais e documentais escritas para compreender as tensões e conflitos nesses acontecimentos.
Referências
ACOSTA, A. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.
ALMEIDA, Andrea. Consciência argumentativa entre educadoras tupinikim de Aracruz-ES que atuam nas primeiras séries do Ensino Fundamental de escolas indígenas. Dissertação. Pontifica Universidade Católica, São Paulo, 1977.
BENJAMIN, Walter. Passagens (org. Willi Bolle). Belo Horizonte: UFM, 2006.
BRASIL. COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE. Violações de direitos humanos dos povos indígenas. Relatório: Textos temáticos, v. 2. Brasília: CNV, 2014.
BRASIL. Conselho Indigenista Missionário-CIMI. Relatório: Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. Dados de 2017.
BRITO KAYAPÓ, Edson. Culturas indígenas, diversidade e educação. Rio de Janeiro: Sesc, Departamento Nacional, 2019.
CARVALHO, J. M. de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2012.
DOLHNIKOFF, Miriam. Retratos do Brasil. Os primeiros intérpretes da então jovem nação. São Paulo: Ediouro, [s.d.].
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa Etnohistórico de Curt Nimuendaju, 1883-1945. Brasília: MEC, 2002.
MUNDURUKU, D. O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). São Paulo: Paulinas, 2012.
OLIVEIRA, J. P. Indigenismo e territorialização: poderes, rotinas e saberes coloniais no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Contracapa, 1998.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, 2005. p. 227-278.
RIBEIRO, Darcy. Os índios e a civilização. Petrópolis: Vozes, 1977.
SCHUBERT, A. M. P. Lutas territoriais Tupinikim. Saberes e lugares conhecidos. Curitiba: Appris, 2018.
VALENTE, Rubens. Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
VIVEIROS DE CASTRO. No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é. In: RICARDO, B.; RICARDO, F. (orgs.). Povos Indígenas no Brasil 2001/2005. São Paulo: ISA, 2006. p. 41-49.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Davar Polissêmica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Submeto (emos) o presente trabalho, texto original e inédito, de minha (nossa) autoria, à avaliação da Revista Davar Polissêmica, um periódico interdisciplinar de Ciências da Religião e Teologia e áreas afins, sediado na Faculdade Batista de Minas Gerais, e concordo (amos) em compartilhar esses direitos autorais a ele referentes com a DAVAR/FBMG, sendo que seu “conteúdo, ou parte dele, pode ser copiado, distribuído, editado, remixado e utilizado para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos”, em qualquer meio de divulgação, impresso ou eletrônico, desde que se atribua créditos ao texto e à autoria, incluindo as referência à DAVAR. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado, o/a (s) autor/a (es/as) e empresas, instituições ou indivíduos.
Reconheço (Reconhecemos) ainda que DAVAR está licenciada sob uma LICENÇA CREATIVE COMMONS - ATTRIBUTION 4.0 (CC BY 4.0): Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Por isso, PERMITO (PERMITIMOS), "para maximizar a disseminação da informação", que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.