O reconhecer o outro como irmão

Uma reflexão a partir do texto de 1Cor 12,12-27

Resumo

O presente artigo, dentro de uma pesquisa bibliográfica, inserido no contexto comunitário-eclesial, procura refletir as implicações decorrentes do reconhecimento do outro como irmão, tendo como base o texto de 1Cor 12,12-27. Nesta perspectiva, o trabalho perpassa o tema: Igreja Corpo de Cristo, pensamento singular inaugurado por Paulo, que pretende encorajar a fraternidade na comunidade, enfraquecida pelas discórdias e falta de comunhão entre os membros: uns se achavam superiores a outros. A unidade e a fraternidade entre os membros só existem quando há coesão com Cristo, onde todos são unidos n’Ele pelo batismo. Dando continuidade, tento como base os documentos da Igreja: Catecismo da Igreja Católica; Encíclica Mystici Corporis, o texto sublinha a dimensão do Corpo Místico de Cristo, enfatizando a distinção de Cristo Cabeça da Igreja e os membros. Esta coesão somente acontece no Espírito, qual sustenta a relação entre Cristo e os membros, que formam o Seu Corpo. Por fim, o trabalho versa sobre as implicações na comunidade quando os membros se reconhecem como irmão: “Somos muitos, mas formamos um só Corpo, que o Corpo do Senhor” (1Cor 12,12). Na comunidade, também se reconhece a diversidade e a variedade de dons que enriquecem a Igreja, e a importância de cada membro na comunidade. O trabalho evidencia que a consciência de comunhão fortalece os vínculos, fazendo crescer a fraternidade entre os irmãos. Neste sentido, a Igreja se torna sinal de fraternidade para o mundo, apontado para o Reino futuro (Reinado de Deus), externalizando a fidelidade, a partir da experiência de fé Trinitária.